SEXUALIDADE NA TERCEIRA IDADE: VERDADES E MENTIRAS SOBRE O SEXO APÓS OS 60 ANOS 

A sexualidade na terceira idade ainda é um tema cercado de tabus, mitos e desinformação. Muitas pessoas acreditam, erroneamente, que o desejo sexual diminui drasticamente com o avanço da idade ou que não há mais espaço para uma vida sexual ativa e prazerosa após os 60 anos. Contudo, com o envelhecimento saudável e acesso às informações certas, é possível viver plenamente essa fase da vida, inclusive no que diz respeito ao sexo. Neste artigo, vamos desvendar as verdades e mentiras sobre a sexualidade dos idosos, abordando os desejos, cuidados, riscos e até os golpes envolvendo produtos milagrosos na internet.

Desejo Sexual na Terceira Idade: A Verdade

Um dos maiores mitos é que o desejo sexual desaparece com a idade. Na realidade, o desejo sexual continua presente para muitas pessoas idosas. O que pode ocorrer, no entanto, são mudanças físicas e hormonais que influenciam a libido e o desempenho sexual. Tanto homens quanto mulheres passam por transformações, como a queda nos níveis de testosterona (nos homens) e estrogênio (nas mulheres).

Isso não significa o fim da vida sexual, mas sim uma oportunidade para redescobrir novas formas de prazer e intimidade. Muitos casais relatam uma vida sexual mais satisfatória após os 60 anos, com menos pressões e mais conexão emocional.

A Importância da Comunicação e da Intimidade

Nessa fase da vida, a comunicação é fundamental. Falar abertamente com o(a) parceiro(a) sobre expectativas, desejos e limitações pode fortalecer a relação e abrir espaço para novas experiências. O toque, os beijos e as carícias tornam-se ainda mais significativos e ajudam a manter a chama acesa, mesmo que o ritmo ou a frequência das relações sexuais diminuam.

Precauções e Saúde Sexual

A prática sexual na terceira idade exige atenção à saúde e prevenção. O uso de preservativos continua essencial para evitar doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como HIV, sífilis e gonorreia, que têm crescido entre a população idosa. Muitas vezes, acredita-se que os idosos estão “imunes” a essas doenças, o que é uma mentira perigosa.

Além disso, é importante manter uma rotina de visitas ao médico. Consultas com o geriatra, ginecologista ou urologista podem identificar problemas como disfunção erétil, secura vaginal ou outros fatores que interferem no desempenho sexual.

Medicamentos e Tratamentos: O Que é Seguro?

A procura por medicamentos como o Viagra e outros estimulantes sexuais cresceu entre os idosos. Esses remédios podem ser úteis, mas devem ser usados apenas sob orientação médica. Muitos idosos possuem condições como hipertensão, problemas cardíacos e diabetes, que podem ser agravados pelo uso inadequado dessas substâncias.

Além dos medicamentos tradicionais, há também o uso de cremes e lubrificantes vaginais, que ajudam a minimizar desconfortos relacionados à secura vaginal em mulheres na pós-menopausa.

Por outro lado, há muitos produtos milagrosos à venda na internet, como “fórmulas mágicas” para aumento da libido ou desempenho sexual. Esses produtos são perigosos, pois não possuem aprovação de órgãos de saúde como a ANVISA e podem conter substâncias tóxicas.

Golpes e Produtos Enganosos: Cuidado Redobrado!

Infelizmente, o público idoso é um dos mais vulneráveis aos golpes na internet. Produtos que prometem curar impotência sexual, aumentar o desejo em poucos dias ou “soluções naturais e secretas” devem ser evitados. Muitos desses anúncios usam depoimentos falsos e imagens manipuladas para atrair consumidores.

Antes de comprar qualquer produto, consulte seu médico e desconfie de promessas milagrosas. A saúde sexual é um assunto sério e merece atenção profissional.

Mitos que Precisam Ser Descartados

     1. “Sexo é só para os jovens” – Mentira! O sexo é parte natural da vida e pode ser prazeroso em qualquer idade.

     2. “Os homens perdem o desejo sexual” – A queda hormonal pode ser tratada, e o desejo pode continuar ativo.

     3. “As mulheres não têm prazer após a menopausa” – Com tratamentos adequados, muitas mulheres redescobrem o prazer sexual.

     4. “Quem tem doenças crônicas não pode ter vida sexual ativa” – Com orientação médica, é possível adaptar a vida sexual a limitações físicas.

A Sexualidade como Parte do Envelhecimento Saudável

Manter uma vida sexual ativa na terceira idade traz benefícios físicos e emocionais. Entre os principais estão:

   •     Redução do estresse e da ansiedade;

   •     Melhoria no sistema imunológico;

   •     Fortalecimento da autoestima;

   •     Fortalecimento dos laços afetivos e emocionais.

A atividade sexual é uma parte importante do bem-estar na velhice, mas não deve ser encarada como uma obrigação. Cada pessoa é única, e respeitar os próprios limites e desejos é essencial.

Conclusão: Quebrando Tabus e Cuidando da Saúde Sexual

A sexualidade na terceira idade não é um mito, mas uma realidade que merece ser vivida com liberdade, segurança e responsabilidade. Com diálogo, cuidados médicos e informação confiável, os idosos podem ter uma vida sexual ativa e satisfatória.

Lembre-se: procure sempre um médico para orientações sobre medicamentos e tratamentos. Evite fórmulas milagrosas da internet e desconfie de promessas duvidosas. A sexualidade é um direito seu e deve ser celebrada em todas as fases da vida!

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