No centro dessa reviravolta jurídica da Revisão da Vida Toda, há um episódio vergonhoso que compromete não apenas a legitimidade do processo, mas a própria responsabilidade institucional do governo e a passividade do STF.

Foi apresentado, de forma teatral e escandalosa, o valor de R$ 480 bilhões como o suposto custo da causa para os cofres públicos — uma cifra totalmente desprovida de embasamento técnico. O número surgiu em documento oficial do governo apresentado no Supremo Tribunal Federal e, inexplicavelmente defendido por alguns ministros mesmo sem qualquer investigação necessária sobre os cálculos ali exercidos para resultar naquela montanha de dinheiro. E, mais grave, apresentado dias depois como projeto de orçamento da União inserido ali com o objetivo claro de ampliar o pânico fiscal, e influenciar ministros da Suprema Corte. Um dos objetivos: a opinião pública se voltar contra os aposentados, insinuando que a Revisão da Vida Toda poderia “quebrar o Brasil”.

Esse número foi encampado por setores da mídia sem qualquer questionamento e passou a ser repetido por ministros do STF como se fosse um dado incontestável. Não houve planilhas públicas, estudos auditados, nem metodologia explicada. Apenas um número mágico, inflado, circulando com o selo de “verdade”.
Contudo, na semana passada, uma realidade totalmente diferente veio à tona: o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apresentou um estudo técnico detalhado apontando que o custo real da Revisão da Vida Toda seria de R$ 10 bilhões ao longo de 10 anos.
Ou seja, quarenta e oito vezes menor do que o valor que foi usado para contaminar o julgamento no STF. E agora?

Litigância de má-fé dentro do STF?
O que se viu foi uma clara tentativa de manipulação institucional por meio de fake news chanceladas por entes do próprio Estado brasileiro. Quando um governo apresenta uma mentira bilionária como argumento jurídico, e essa mentira é apresentada, argumentada e absorvida por alguns ministros da Suprema Corte, sem verificação, sem contestação, não estamos mais diante de um erro técnico — estamos diante de um possível ato de litigância de má-fé cometido dentro da mais alta corte do país. Impensável em um país sério!
A pergunta cruel que fica: quantos idosos perderam a vida aguardando esse julgamento manipulado por números falsos? Quantos brasileiros foram enganados pela mídia oficial e por discursos de ministros que hoje silenciam diante da verdade?
É hora de cobrar responsabilidade. O Supremo Tribunal Federal tem o dever moral, ético e jurídico de corrigir esse erro histórico. Mais do que qualquer entidade instalada no Brasil…

O JULGAMENTO DO DIA 28 DE MAIO — ÚLTIMO ATO OU NOVO CAPÍTULO DA VERGONHA?
Tudo indica que, mais uma vez, o STF julgará não apenas um processo, mas o seu próprio prestígio institucional. A decisão do dia 28 de maio de 2025 será acompanhada com atenção por aposentados, juristas, jornalistas e pela sociedade brasileira. Trata-se, mais do que nunca, de um teste ético e jurídico. O país não pode continuar a permitir que direitos consolidados sejam desfeitos ao sabor das conjunturas políticas.
A QUEM INTERESSA ADIAR A REVISÃO DA VIDA TODA?
Essa pergunta, repetida em cada esquina por aposentados e advogados, já não pode mais ficar sem resposta. O custo da espera não é financeiro, é humano. E a suposta e mentirosa “economia” alegada pelo INSS custa, na verdade, a vida e a dignidade de milhares de brasileiros.
CONCLUSÃO — O STF PRECISA DECIDIR COM CORREÇÃO ENTRE A JUSTIÇA E A COVARDIA INSTITUCIONAL
O Brasil precisa urgentemente recuperar sua confiança no sistema judiciário. A Revisão da Vida Toda não é apenas um processo jurídico. É um símbolo de luta, de esperança e de resistência dos aposentados que trabalharam décadas para o país. No próximo dia 28, a escolha do Supremo será histórica: ou respeita sua própria jurisprudência, e ratifica a justiça já reconhecida por eles mesmos -mesmo que com outra formação da Corte-, ou entra para a história como cúmplice de uma das maiores injustiças sociais já registradas contra a terceira idade.
Entenda mais sobre o processo da RVT
• Parecer técnico sobre os impactos da RVT (IPEA)
• Entenda a Revisão da Vida Toda (Agência Senado
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