Com o avanço da idade, é comum perceber que a memória já não responde como antes. Mas será que esquecer nomes, compromissos ou onde colocamos os óculos é normal? Ou são sinais de que algo mais sério pode estar acontecendo?
A verdade é que o esquecimento não precisa fazer parte do envelhecer. Há formas de proteger a saúde do cérebro e preservar a memória em qualquer fase da vida. Entender por que esquecemos mais com o tempo é o primeiro passo para agir com consciência e planejamento.

O QUE MUDA NO CÉREBRO AO LONGO DA VIDA?
Nosso cérebro passa por transformações naturais com o tempo. Uma das principais mudanças está na velocidade de processamento das informações, que tende a diminuir com o envelhecimento. Também ocorre uma redução na produção de neurotransmissores, substâncias que ajudam na comunicação entre as células cerebrais.
Essas mudanças afetam especialmente a memória de curto prazo — aquela que usamos para armazenar novas informações, como o que acabamos de ler ou ouvir.

CAUSAS COMUNS DE ESQUECIMENTO AO ENVELHECER
1. Envelhecimento cerebral natural
Nem todo esquecimento é sinal de doença. O chamado declínio cognitivo leve pode fazer parte do envelhecimento saudável e não necessariamente evoluir para demência.
2. Estresse e sobrecarga mental
A vida moderna exige muito da mente, e o excesso de estímulos, preocupações e multitarefas pode comprometer a atenção e, por consequência, a memória. Isso afeta pessoas de todas as idades.
3. Qualidade do sono
Dormir mal interfere diretamente na consolidação da memória. É durante o sono profundo que o cérebro organiza e armazena informações do dia. Saiba mais em: https://falandodagente.com.br/wp-admin/post.php?post=1363&action=edit
4. Alimentação desequilibrada
A falta de nutrientes essenciais, como vitamina B12, magnésio, zinco e ômega-3, pode comprometer o desempenho mental. Um cérebro bem nutrido tem mais chances de funcionar com excelência.
5. Doenças neurodegenerativas
Doenças como Alzheimer, Parkinson e demências vasculares provocam perdas cognitivas importantes. Nestes casos, o esquecimento tende a ser progressivo e interfere na rotina da pessoa. Entenda mais sobre os sinais iniciais do Alzheimer no site da ABRAz – Associação Brasileira de Alzheimer.

COMO PROTEGER A MEMÓRIA AO LONGO DA VIDA ?
A boa notícia é que há muito o que fazer para manter o cérebro saudável e funcional até os 100 anos ou mais. Veja algumas estratégias:
Mente ativa
Desafiar o cérebro é fundamental. Aprender algo novo, tocar um instrumento, estudar um idioma ou até jogar jogos que exigem raciocínio ajudam a formar novas conexões neurais.
Corpo em movimento
A atividade física regular melhora a circulação, aumenta o aporte de oxigênio no cérebro e estimula substâncias que favorecem o crescimento de neurônios. Caminhadas, musculação leve, dança e natação são excelentes.
Alimentação consciente
Inclua no seu dia a dia:
• Peixes ricos em ômega-3, como salmão e sardinha
• Frutas vermelhas, como morango e mirtilo
• Oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas)
• Vegetais escuros (espinafre, brócolis, couve)
Esses alimentos são considerados neuroprotetores naturais.
Sono de qualidade
Crie uma rotina de sono regular, evite telas antes de dormir e respeite seus ciclos. O cérebro precisa descansar para funcionar bem.
Conexões sociais
Conversar, rir, participar de grupos e estar com pessoas de diferentes idades mantém o cérebro ativo e diminui o risco de depressão, que também afeta a memória.
Quando o esquecimento merece atenção?
Se os esquecimentos se tornam frequentes, causam impacto nas tarefas do dia a dia ou geram preocupação na família, é hora de buscar ajuda médica. O diagnóstico precoce de distúrbios cognitivos permite um acompanhamento mais eficaz e melhora a qualidade de vida.

CONCLUSÃO
Esquecer algumas coisas faz parte da vida. Mas manter o cérebro em movimento, o corpo ativo e as emoções equilibradas é o caminho para envelhecer com saúde mental. A longevidade que buscamos em RUMO AOS 100 ANOS passa, obrigatoriamente, por uma mente saudável e bem cuidada