O turismo voltado para a terceira idade tem crescido de forma expressiva tanto no Brasil quanto no cenário global. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), os idosos representam cerca de 20% de todos os viajantes no mundo, com expectativa de crescimento para 30% até 2030. Esse aumento é impulsionado pela maior expectativa de vida, pela independência financeira de muitos idosos e pelo desejo de aproveitar experiências que nem sempre foram possíveis em fases anteriores da vida.
No Brasil, dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) mostram que os idosos já representam cerca de 25% dos clientes das operadoras de turismo. Este número continua crescendo, com destaque para os meses de baixa temporada, quando há maior disponibilidade de promoções e pacotes acessíveis. Regiões como o Nordeste, com suas praias e resorts, e o Sul, com as cidades termais e os destinos de inverno, são as mais procuradas.

No cenário internacional, países da Europa e da América Latina lideram como os destinos favoritos, especialmente Portugal, Espanha e Argentina. O turismo em grupo, voltado para a terceira idade, tem se tornado uma tendência, com roteiros mais acessíveis e adaptados. Nos Estados Unidos, por exemplo, a faixa etária acima de 60 anos é responsável por movimentar mais de 120 bilhões de dólares por ano no setor turístico, com grande destaque para viagens de cruzeiros.
Estudos também mostram que os idosos que viajam frequentemente relatam melhor qualidade de vida, com benefícios diretos à saúde mental e física. Além disso, o impacto econômico desse público é significativo, movimentando setores como transporte, hospedagem, gastronomia e entretenimento.

Em resumo, o turismo para a terceira idade deixou de ser um nicho e se tornou uma das forças mais influentes do mercado de viagens, tanto no Brasil quanto no exterior. Este é um segmento que só tende a crescer, à medida que a população envelhece com mais saúde, disposição e vontade de explorar o mundo