COMO A SOCIEDADE IGNORA O ISOLAMENTO AFETIVO NA VELHICE: A SOLIDÃO INVISÍVEL

Quando a presença some, o silêncio pesa.

Vivemos em um mundo que celebra a juventude, a produtividade e a presença constante nas redes sociais. Mas há uma realidade que se esconde nas entrelinhas da vida moderna: a solidão de quem envelhece. Uma solidão silenciosa, muitas vezes ignorada, mas profundamente presente — especialmente entre os idosos.

Idosa triste na janela

Este não é apenas um sentimento pessoal. É um problema social, de saúde pública e também uma questão humana que nos convoca à empatia. A solidão na velhice não grita, mas machuca. E é sobre essa invisibilidade que precisamos falar.

O ISOLAMENTO AFETIVO NA VELHICE

Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 7 milhões de idosos vivem sozinhos no Brasil. O dado por si só já é impactante. Mas o que ele não mostra é o vazio das relações rompidas, das ausências não explicadas e do silêncio que ocupa as manhãs e as noites dessas pessoas.

O QUE CAUSA ESSA SOLIDÃO?

   •     Falta de convivência familiar;

   •     Afastamento dos amigos por motivos de saúde ou morte;

   •     Aposentadoria, que muitas vezes reduz o círculo social;

   •     Perda de autonomia ou mobilidade;

   •     Preconceito etário e invisibilidade social.

QUANDO A SOLIDÃO VIRA DOENÇA

Idoso contemplativo na janela

Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o isolamento prolongado pode gerar impactos graves à saúde física e mental dos idosos, tais como:

   •     Aumento do risco de depressão e ansiedade;

   •     Comprometimento da memória e do raciocínio;

   •     Maior propensão a doenças cardiovasculares;

   •     Enfraquecimento do sistema imunológico;

   •     Maior taxa de mortalidade.

   Solidão não é só um sentimento. É uma condição que adoece — e pode matar. Leia em https://www.cnnbrasil.com.br/saude/solidao-na-velhice-aumenta-em-31-risco-de-desenvolver-demencia/?utm_source=chatgpt.com

A INVISIBILIDADE SOCIAL DOS IDOSOS 

Idosa triste em frente à uma xícara

O idoso solitário é, muitas vezes, um corpo presente em um mundo que não o vê. A cultura do desempenho faz com que os mais velhos percam espaço e voz. Não raro, os vínculos afetivos se desfazem, os convites cessam, as ligações rareiam. A tecnologia aproxima os jovens e distancia os que não a dominam.

O QUE PODEMOS FAZER

   •     Valorizar a escuta ativa: perguntar e realmente ouvir os idosos à nossa volta;

   •     Manter vínculos consistentes: visitas regulares, mensagens, ligações;

   •     Incluir, sempre: nos encontros familiares, nas conversas, nas decisões;

   •     Oferecer mobilidade social: facilitar o acesso a espaços de convivência e lazer.

INICIATIVAS QUE COMBATEM A SOLIDÃO

Felizmente, algumas políticas e programas têm buscado reverter esse cenário. Projetos como o “Centro-Dia” e grupos de convivência em unidades básicas de saúde promovem atividades coletivas, fortalecendo os vínculos sociais e combatendo a solidão.

Leituras complementares:

O CHAMADO À EMPATIA

Ignorar a solidão na velhice é ignorar uma parte essencial da vida humana. Todos nós, mais cedo ou mais tarde, iremos envelhecer. O que plantamos hoje em termos de afeto, convivência e empatia pode ser o que colhemos amanhã.

A pergunta que fica é: que tipo de sociedade queremos construir? Uma que abandona seus idosos ou uma que os acolhe, os escuta e os valoriza?

A solidão do idoso é responsabilidade de todos nós. Combater essa realidade é um ato de amor, de justiça e de humanidade.

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