A SOMBRIA HISTÓRIA DA “BRUXA DA RODA” NO RIO ANTIGO

No século XIX, no coração do Rio de Janeiro, a “Roda dos Expostos” da Santa Casa de Misericórdia era o destino de muitas crianças abandonadas. Mães desesperadas deixavam seus bebês nessa roda giratória, esperando que fossem adotados por alguém mais afortunado. No entanto, o local acabou sendo palco de uma história macabra que ficou marcada nos jornais da época.

Relatos antigos de jornais como o “Jornal do Commercio” e o “Correio Mercantil” mencionam o desaparecimento misterioso de várias crianças deixadas na roda. Sussurros pela cidade falavam de uma mulher sinistra, apelidada de “a Bruxa”, que rondava a Roda e levava os bebês sob pretextos obscuros. Embora as notícias da época não chamassem essas mulheres de “bruxas”, havia denúncias de que algumas crianças eram vendidas para servidão ou caíam nas mãos de figuras de má índole.

Os jornais levantavam suspeitas sobre corrupção e negligência nas instituições responsáveis pelas crianças, mas o destino de muitos bebês desaparecidos nunca foi esclarecido. Assim, o mito da “Bruxa da Roda” ganhou força, misturando realidade e lenda em uma das histórias mais sinistras do Rio de Janeiro antigo.